Se você mora no Vale do Sinos, mais precisamente em Sapiranga, já deve conhecer ou ter ouvido falar deles, Johnny & Zé do Banjo. Desde o final de 2015, Jonatã Edinger e José Vasques formam uma das duplas mais talentosas e originais da região.

Dedicados exclusivamente à carreira na música, eles fazem shows animados, interativos, improvisados e altamente teatrais. Pegam referências da cultura norte-americana, irlandesa, cigana, dentre muitas outras e, claro, misturam tudo. Criam.

O resultado? Uma identidade própria, folclórica e extremamente diversa. Pode parecer confuso, porém, conhecendo José Vasques — o Zé do Banjo —, dá para entender de onde vem tanta pluralidade.

“Antes de nos conhecermos, eu e o Jonatã Edinger (Johnny) éramos guitarristas de bandas de rock, mas queríamos experimentar outros instrumentos”, conta José Vasques.

Enquanto ele começou a tocar banjo americano, inspirado pela cultura do sul dos Estados Unidos, Johnny incorporou o violino irlandês ao seu repertório. Ao conhecerem o trabalho um do outro, veio a ideia de trabalharem juntos.

Daí começou a história da dupla, cujas performances possuem uma pegada celta, colocando no caldeirão toda a vivência musical de ambos os artistas para resultar na multiplicidade que se vê no palco.

Johnny & Zé do Banjo

Johnny & Zé do Banjo.

Uma mistura que deu banjo

Unir diferentes culturas, a propósito, começou cedo na vida de José Vasques. Para ser mais preciso, antes mesmo de ele nascer.

O pai, sapiranguense, viveu de música tradicionalista gaúcha, tocando acordeon, além de ser caminhoneiro. Em uma de duas viagens fazendo frete — sempre acompanhado da sua gaita —, conheceu uma carioca que cantava música popular brasileira na boemia dos arcos da Lapa.

E não é que o tradicionalista gostou de MPB, e a cantora da Lapa se encantou com a gaita gaúcha? Os dois se apaixonaram e o sanfoneiro não voltou a Sapiranga sozinho.

Os pais são, conta Zé do Banjo, a primeira referência e a veia musical da sua infância e também da sua carreira, que está cheia de novidades para este ano.

Novos projetos em 2019

No início deste ano, Johnny & Zé do Banjo se uniram a outros dois talentos, Bruno Bernardo, percussionista, e Tales Melati, que toca flautas irlandesas e gaita de fole. Juntos, eles estão dando início a um desdobramento da dupla, o grupo Balaio de Palha.

Elaboram, assim, músicas ainda mais autorais e multiculturais. Um excelente show para curtir em Sapiranga ou qualquer outro lugar do Vale do Sinos.

Sobre deixar um dia a sua cidade, José Vasques, hoje com 27 anos, diz que sim, a carreira pode levá-los a outros lugares, mas não sem antes cumprir uma missão.

“Queremos plantar uma semente aqui na região. Nossa cidade tem uma cultura e história riquíssimas, e temos esse viés de mostrar para as pessoas a importância de Sapiranga”, afirma.

Balaio de Palha

Balaio de Palha.

Gostou de saber mais sobre esse talento de Sapiranga? Já foi a algum show da dupla Johnny & Zé do Banjo? Compartilhe com a Concisa nos comentários!